5º Encontro do Núcleo de Curitiba
Expedição realizada nos dias 15 e 16 de fevereiro de 2014. Neste encontro participaram 06 integrantes do Núcleo de Curitiba. O local para fixação da equipe foi na Mata Atlântica, próxima ao município de Piraquara/PR. Foram necessárias algumas horas de caminhada, e alguns quilômetros no meio da mata relativamente fechada. A chuva, que chegou já no início da aventura, não deu trégua nem um minuto; choveu muito, tornando a obtenção de fogo difícil, e a montagem de coberturas necessária. O frio, por conta da umidade do local, também é um obstáculo a ser vencido. Mas o importante que, apesar das dificuldades reservadas pela natureza, o encontro possibilitou a ótima troca de informações, aprendizado e experiência.
Início - 1º Dia
Nos encontramos numa praça em Curitiba. Todos no horário: 08:00 hs. Frio e chuva para ajudar. Feita a conferência inicial, partimos para a região metropolitana da capital. Os 6 membros estavam devidamente trajados, alguns utilizando cajado para auxiliar na caminhada, especialmente na segunda parte, mata adentro. Neste momento deu tempo de registrar a partida, conforme indica a foto, pois logo chegou a chuva, fina e constante voltou com vontade.
Trilhos e mais trilhos
Boa parte da caminhada ocorre no sentido da ferrovia. Andar pelos trilhos parece simples, mas uma longa caminhada (alguns quilômetros) realmente mostra as dificuldades, seja pelas pedras, seja pela distância que um dormente possui do outro, em desarmonia com os nossos passos. Por outro lado, a cada apito do trem tínhamos uma alegria, ou um susto se o encontro ocorreria dentro de um túnel com aproximadamente 500 m de extensão.
Água, peixes...
Além de estarmos na Mata Atlântica, onde a obtenção de água não é tarefa das mais difíceis (chove muuuuuuito), estávamos fixados ao lado de uma fonte quase que inesgotável de água. Peixe, então, nada..rsrs; afora os pequenos lambaris pescados pelo Wagner, não conseguimos nada de “grande” porte para alimentar a tropa; fritamos os poucos lambaris e assim inauguramos os pratos que foram presentes do Leão.
Almoço coletivo - 2º Dia
No segundo dia a chuva continuava. Tudo molhado, alguns locais com lama, roupas úmidas, frio. Basicamente ficamos ao redor da fogueira, buscando calor. Muitas conversas boas, especialmente sobre o "Núcleo Curitiba", técnicas mateiras, novas ideias para os próximos encontros. Foi uma expedição importante para a definição de alguns objetivos, ideais, princípios, metas do grupos. Foi o "ponto" de partida. E não poderia ser diferente, com a realização de um almoço coletivo: arroz, feijoada, e pure de batata. Estava tudo muito bom !!!!
História
Vale registrar a beleza do local, que desde a saída nos presenteia com construções antigas. Além das paisagens naturais, o local é cercado de história daqueles que trabalhavam numa pedreira próxima que forneceu toda a matéria-prima para a construção da ferrovia. Existe também uma curiosa imagem de uma chaminé "nascendo" na água: é o que ficou visível de uma antiga olaria, também construída por conta da passagem da linha do trem.
Base - Campo 02
Chegando ao local base, hora de montar os abrigos: 5 membros utilizaram redes, e 1 utilizou uma barraca. Ademais, um espaço de uso coletivo também foi protegido. A limpeza do local foi parcial, respeitando-se ao máximo a natureza e a sua conservação. Infelizmente o local é totalmente desprovido de bambu, existindo apenas taquaras. Foram montados alguns utencílios mateiros (tripés para mochilas, e bancadas para alimentos).
Fogo dificil
A Mata já é úmida por natureza. E chovendo o dia todo, não tinha lenha seca, ou seja, "eita" fogo difícil de acender. Foram algumas horas usando das mais variadas técnicas, e nem mesmo o querosene para o lampião resolveu. Mas enfim, de tanto tentar o fogo deu o ar da sua graça e permitiu a preparação da janta: linguiça defumada, lombo com baicon (foto), lambari frito e outras iguarias locais.....Só não tivemos "tempo" de provar os caramujos Aruás que infestavam o local com as suas ovas avermelhadas.
Levantando Equipamentos
A caminhada relativamente longa e os poucos dias da expedição não permitem a execução e prática de muitas técnicas. Dessa forma, após o almoço, foi feito o registro do grupo e demos início aos preparativos para o retorno. Como ainda chovia, e dentro da mata a luz do sol estava fraca, não podíamos atrasar a saída.